História

Gama - Ponte Alta

História

Em agosto de 1746, o bandeirante Antônio Bueno de Azevedo saiu de Paracatu, em Minas Gerais, chefiando uma grande tropa rumo ao noroeste. Depois de ter atravessado chapadas, rios, veredas e ribeirões, chegou, no dia 13 de dezembro, num riacho em cujas areias descobriu ouro. A decisão foi de fundar ali um povoado, o qual recebeu o nome de Santa Luzia, em homenagem à santa do dia. O riacho ficou conhecido como Rio Vermelho, já que tinha suas águas sempre barrentas por causa da lavagem do ouro. O povoado de Santa Luzia se transformou no que é hoje a cidade de Luziânia, em Goiás.
No começo de 1747, chegou, a Santa Luzia, o primeiro sacerdote, a pedido do próprio Bueno: o padre Luís da Gama Mendonça. Supõe-se que, em homenagem ao padre, foi dado o nome "Gama" ao platô e ao ribeirão. As terras que hoje constituem a região administrativa do Gama, pertenciam às fazendas do Ipê, Alagado da Suzana, Ponte Alta e Gama.
Com a transferência da capital do Brasil para o interior do país, as terras dessas quatro fazendas foram desapropriadas pelo Governo de Goiás, no período de 1956 a 1958, sob responsabilidade da Comissão Goiana de Cooperação para a Mudança da Capital do Brasil, tendo, por presidente, Altamiro de Moura Pacheco.
A sede da Fazenda Gama ficava próxima ao local onde hoje está o Catetinho (primeira residência oficial de Juscelino Kubitschek), porém a cidade veio a ser instalada a oito quilômetros deste ponto de referência. O então presidente da república Juscelino Kubitschek visitou a Fazenda Gama em 02 de outubro de 1956, na ocasião de sua primeira visita à região onde seria construída a futura capital federal.
A cidade, assim como as outras do Distrito Federal (exceto Brasília), foi criada para alojar as pessoas residentes em invasões ou núcleos populacionais provisórios, solução encontrada para abrigar o excedente populacional em virtude da construção de Brasília, surgindo, então, as denominadas "cidades-satélites", conforme a Lei Número 3751, de 13 de abril de 1960.

O arquiteto Paulo Hungria, em maio de 1960, desenvolveu a planta urbanística da cidade, na forma de colmeia, dividindo-a em cinco setores: Norte, Sul, Leste, Oeste e Central. O Setor Central (para atividades mercantis) não foi detalhado em função das necessidades futuras. Porém, coube ao engenheiro José Maciel de Paiva, por ordem do então prefeito Israel Pinheiro (ex-presidente da Novacap), instalar um núcleo pioneiro e promover as primeiras transferências, iniciadas a partir de setembro de 1960. Foi auxiliado pelo engenheiro José Carlos Godoy, pelo fiscal Agnelo Dias Correia (que juntamente com sua mulher são considerados os moradores pioneiros da cidade), pelo mestre-de-obras Joaquim Santana, entre outros. A então cidade-satélite foi fundada no dia 12 de outubro de1960. O povoamento inicial foi efetuado com a remoção de 30 famílias residentes na Barragem do Paranoá, em 1960. Posteriormente a cidade recebeu grande parte dos moradores da Vila Amaury e da Vila Planalto. Em 1970, foram transferidos os habitantes instalados no Setor de Indústria deTaguatinga.
Hoje, é uma cidade em rápido desenvolvimento, com uma economia cada vez mais independente de Brasília, com destaque para a construção civil.
Gama hoje possui cerca de 127.121 habitantes (PDAD 2010/2011).
padroeiro da cidade é São Sebastião, cuja festa litúrgica se dá em 20 de janeiro.

População

Segundo Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (PDAD) 2010/2011, Essa RA é formada por áreas urbana e rural. A área urbana divide-se nos setores Norte, Sul, Leste, Oeste e de Indústria. A área rural é composta pela Colônia Agrícola Ponte Alta, pelo Córrego Crispim e pelos Núcleos Rurais Monjolo, Ponte Alta de Baixo, Ponte Alta Norte, Alagado e Casa Grande. Sua população está estimada em 150.000 mil habitantes, das quais pelo menos 30 mil famílias habitam a Ponte Alta.

Subdivisões
O Gama foi projetado para ter cinco bairros, sendo que cada um com uma especialidade diferente.

Existem áreas residenciais e comerciais no Setor Oeste. Já no Setor Leste, o que predomina é o comércio e indústria, além das moradias, sendo que no Norte e no Sul foi criada a parte nobre da cidade com lotes maiores, ficando o setor Sul como "setor de mansões da cidade do Gama" destinada para áreas de moradias. No Setor Central, o comércio é forte, com grande movimentação de pessoas e facilidade para encontrar estabelecimentos com nomes famosos. Também existe o chamado Setor Industrial. Teoricamente, pertence ao Setor Leste, mas com a construção civil, já fortemente presente nesse ponto e também voltada para habitação, além de indústrias, fábricas e oficinas, tem se consolidado como um setor independente e autônomo.


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